Rubiaceae

Simira eliezeriana Peixoto

EN

EOO:

3.170,367 Km2

AOO:

28,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018), que ocorre no estado do ESPÍRITO SANTO, municípios de Conceição da Barra (Pereira 5203), Linhares (Folli 176). Santa Teresa (Thomaz 934), São Mateus (Giaretta 164)

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2018
Avaliador: Eduardo Fernandez
Revisor: Eduardo Amorim
Critério: B1ab(i,iii)
Categoria: EN
Justificativa:

Árvore de até 8 m, endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018). Foi coletada em Floresta Ombrófila Densa nos municípios de Conceição da Barra, Linhares, Santa Teresa e São Mateus, no estado do Espírito Santo. Apresenta EOO=2706 km² e população severamente fragmentada. Sabe-se que a Mata Atlântica resguarda atualmente somente 12,4% de vegetação original, composta por fragmentos isolados por matriz urbana e agrária (Ribeiro et al., 2009; Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2016). Embora a taxa de desmatamento tenha diminuído nos últimos anos, ainda está em andamento e as áreas florestais estão em declínio contínuo tanto em qualidade como em extensão há pelo menos 30 anos (Critical Ecosystem Partnership Fund, 2001; Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2016). Restrita ao Espírito Santo, S. eliezeriana perdeu entre 35% e 93% de habitat potencial nos quatro municípios de ocorrência (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2016), sendo Linhares o mais bem conservado e com o maior número de Unidades de Conservação de proteção integral, inclusive com a presença confirmada da espécie. Assim, considera-se a espécie Em Perigo (EN) de extinção, em função de sua distribuição restrita, habitat severamente fragmentado e sujeito a declínio continuo tanto em qualidade como em extensão de habitat e ocorrência. Demanda-se ações de pesquisa (distribuição e população) e conservação (Plano de Ação) a fim de se garantir sua perpetuação na natureza e a redução futura de seu risco de extinção.

Último avistamento: 2013
Possivelmente extinta? Não
Severamente fragmentada? Sim

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Espécie descrita em: Bol. Mus. Bot. Mun. (Curitiba) 44: 3 (1981)

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido o valor econômico da espécie.

População:

Detalhes: Não existem dados sobre a população.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial)
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest
Detalhes: Árvore com cerca de 8 m de altura (Peixoto 1521), que habita a Floresta ombrófila na Mata Atlântica (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018).
Referências:
  1. Rubiaceae in Flora do Brasil 2020 em construção, 2018. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14289 (acesso em: 28 de agosto 2018).

Reprodução:

Detalhes: Coletada em flor nos meses de novembro (Folli 176), e dezembro (Farias 147); com frutos em abril (Lima 214), maio (Colletta 254), junho (Folli 3447), julho (Folli 2363)

Ameaças (4):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1 Residential & commercial development habitat past,present,future regional high
Perda de habitat como conseqüência do desmatamento pelo desenvolvimento urbano, mineração, agricultura e pecuária representa a maior causa de redução na biodiverdade da Mata Atlântica. Estima-se que restem apenas entre 11,4% a 16% da vegetação original deste hotspot, e cerca de 42% da área florestal total é representada por fragmentos menores que 250 ha (Ribeiro et al. 2009). Os centros urbanos mais populosos do Brasil e os maiores centros industriais e de silvicultura encontram-se na área original da Mata Atlântica (Critical Ecosystem Partnership Fund, 2001).
Referências:
  1. Ribeiro, M.C., Metzger, J.P., Martensen, A.C., Ponzoni, F.J. and Hirota, M.M., 2009. The Brazilian Atlantic Forest: How much is left, and how is the remaining forest distributed? Implications for conservation. Biological Conservation 142: 1141–1153.
  2. Critical Ecosystem Partnership Fund (CEPF), 2001. Atlantic Forest Biodiversity Hotspot, Brazil. Ecosystem Profiles.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 5.3 Logging & wood harvesting habitat past,present,future regional high
Dados publicados recentemente (SOS Mata Atlântica e INPE, 2018) apontam para uma redução maior que 85% da área originalmente coberta com Mata Atlântica e ecossitemas associados no Brasil. De acordo com o relatório, cerca de 12,4% de vegetação original ainda resistem. Embora a taxa de desmatamento tenha diminuído nos últimos anos, ainda está em andamento áreas florestais e sua qualidade estão em declínio contínuo há pelo menos 30 anos (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2016).
Referências:
  1. Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018. Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica. Período 2016-2017. Relatório Técnico, São Paulo, 63p.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.3 Livestock farming & ranching locality,habitat past,present,future regional high
O município de Linhares possui 35% de sua área ocupada por pastagem (Lapig, 2018).
Referências:
  1. Lapig, 2018. http://maps.lapig.iesa.ufg.br/lapig.html. (acesso em julho de 2018)
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 5.3 Logging & wood harvesting locality,habitat past,present,future regional high
O município de Santa Teresa, outrora recoberto em sua totalidade por Mata Atlântica, atualmente possui cerca de 20% de remanescentes florestais (SOS Mata Atlântica/ INPE, 2018).
Referências:
  1. SOS Mata Atlântica/ INPE, 2018. Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica - periodo 2016-2017. Ministério da Ciência e Tecnologia - MCTI. São Paulo, SP.

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1 Land/water protection on going
A espécie foi coletada na Reserva Florestal da CVRD (Folli 156), na Estação Biológica de Santa Lúcia (Thomaz 1763)

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown